quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

VILA SECA E A SUA HISTÓRIA

Sendo eu, como sou, natural de Vila Seca de Armamar, tenho natural interesse pela minha terra, pelo seu presente, pelo seu passado, pelas suas culturas, pelas suas gentes etc. etc.
Foi na busca de referências sobre Vila Seca, que, na página da Câmara Municipal de Armamar, na internet (http://www.cm-armamar.pt/) encontrei um texto, que considero muito importante, sobre Vila Seca.
Dado o grande interesse que o referido texto tem, tanto para os naturais de Vila Seca como para todas as pessoas em geral, que, com o objectico de tornar mais divulgado a mais conhecido, que aqui se transcreve:

"Vila Seca

Situada a nordeste de Armamar, a freguesia de Vila Seca é das mais extensas em área no Município.
Vila Seca foi couto de instituição senhorial, depois couto eclesiástico da Sé de Lamego. Foi vila e cabeça de Concelho, referido no Cadastro de 1527 como sendo constituído apenas pela povoação de Vila Seca. O Marmelal, actualmente povoação da freguesia, era na altura lugar do termo e vila de Armamar.
Vila Seca teve tribunal, casa da Câmara, cadeia e pelourinho. O Concelho foi extinto no período constitucional (1863) e passou a freguesia do Concelho de Barcos. Com a extinção passou a fazer parte do Concelho de Armamar.
O lugar da ancestral povoação seria no sítio do Outeiro, uma pequena elevação a poente. No entanto, também a norte e até ao alto do Marmelal surgiram diversos vestígios arqueológicos que provam ocupação remota desses locais: lagares cavados na rocha, necrópoles, cerâmica e moedas do período romano são alguns exemplos. Na desaparecida povoação de Vila Chã, no lado oposto ao alto do Marmelal, foram também recolhidas peças de cerâmica e moedas.
A freguesia de Vila Seca está situada numa zona marcadamente duriense. Não é pois de admirar que grande parte da produção agrícola seja o vinho e o azeite. Em tempos o cultivo dos cereais também teve alguma expressão.
Na primeira metade do século XX, com a instalação em Vila Seca do primeiro hospital do Município, muitos médicos recomendaram a aldeia como excelente local de veraneio e descanso para quem quisesse fugir à vida agitada e poluição das cidades. Com boas águas, bons ares, paisagens verdejantes em volta, os rios Douro e Tedo ali perto e mais ao longe a vista da Serra do Marão, Vila Seca depressa ficou famosa e no verão muitas famílias escolhiam o local para férias.
A igreja matriz, de invocação ao Divino Espírito Santo, terá sucedido a um templo mais antigo, a capela da Sra. do Ervedeiro. Do património de Vila Seca fazem ainda parte a capela da Sra. do Leite, junto do cemitério, a capela de Nossa Sra. da Conceição (1863) situada na Quinta de Castelo Borges, o Palácio dos Viscondes de Valmor (com diversos elementos emblemáticos dos palacetes de finais do século XVIII), e ainda, à entrada da povoação, um edifício de finais do século XVIII que terá sido residência de D. Luís da Silva, par do Reino.
Figuras de relevo na freguesia foram os irmãos beneméritos José e António Rodrigues Cardoso que fizeram fortuna no Brasil. A eles se ficaram a dever as obras de captação de água e construção do fontanário no Cimo da Vila, o calcetamento da rua principal, a construção da escola e do hospital com asilo e creche.
O Marmelal, segunda povoação da freguesia, foi um dos primeiros concelhos de Armamar. Teve foral no ano 1194.
Durante séculos a povoação não tinha nenhum acesso por terra, sendo o rio Douro a única via de contacto com o exterior.
O Marmelal é visita obrigatória, mais que não seja, para poder desfrutar do quadro paisagístico que dali se vislumbra: o rio Douro ao fundo, com a foz do rio Tedo que a ele se junta enquadrados pela beleza dos socalcos de vinhas onde se cultivam as uvas para produção dos excelentes vinhos do Douro e Porto.
Digna ainda de referência é a capela da Sra. das Neves mesmo no centro da povoação.
PAI CALVO
A sul do Marmelal, e por baixo da Fraga do Gato, existem umas ruínas de casas de xisto, casas de
habitação e lagares. São as ruínas de Pai Calvo. Aqui terá existido antigamente uma quinta (Quinta de Paicalvo), também conhecido por “Eiras de Pay Calvo”.
A ocupação do lugar deve remontar a meados do século XVII, altura em que os vinhos do Douro começaram a ser exportados com sucesso e a viticultura duriense se começou a expandir. A história deste lugar está portanto ligada à história do cultivo da vinha no Douro.
No século XVIII Pai Calvo era lugar de destaque na estrutura vitivionícola duriense. Nas demarcações pombalinas de 1757 a Quinta de Paicalvo foi incluída na “zona provável de feitoria”, a segunda melhor classificação, a seguir à de Feitoria.
Sendo uma quinta produtora de vinhos de grande qualidade não seria de esperar vê-la hoje deserta, onde só as paredes de xisto permanecem para perpetuar a memória do lugar. A desertificação de Pai Calvo ficou a dever-se à praga da filoxera que devastou o Douro e provocou um “virar de página” na história da região".

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

DIA DOS NAMORADOS

14 de Fevereiro, mais um dia em honra de S. Valentim, ao qual está associada a comemoração do dia dos namorados, em que se celebra o amor entre casais, se fazem trocas de presentes, amor e romantismo.
Como já vem sendo habitual, em Figueiros comemora-se o dia dos namorados com muito fervor.
A Sociedade Cultural, Recreativa e Desportiva, associa-se a este acontecimento organizando um jantar muito especial em que irão participar muitos casais.
Não falte... Faça já a sua inscrição!